Em 2025, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) implementou mudanças significativas nos benefícios por incapacidade, como o auxílio-doença e o auxílio-acidente. Estas alterações refletem a necessidade de adaptação às mudanças econômicas e ao aumento da demanda dos segurados. Com o reajuste do salário mínimo em 7,51% e a correção de 4,77% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), os valores dos benefícios foram ajustados, impactando um grande número de segurados.
O aumento no número de solicitações processadas pelo INSS em 2025 é um reflexo do envelhecimento da população e do crescimento das doenças ocupacionais. O auxílio-doença, agora denominado auxílio por incapacidade temporária, continua sendo o mais solicitado, enquanto o auxílio-acidente se destaca por sua função indenizatória. As mudanças visam atender melhor às necessidades dos trabalhadores, mas também levantam questões sobre elegibilidade e valores.
Como solicitar o auxílio-doença em 2025?
O auxílio-doença é destinado a segurados do INSS que enfrentam incapacidade total e temporária para o trabalho devido a doenças ou acidentes. Em 2025, o valor mínimo do benefício foi ajustado para R$ 1.518, alinhado ao novo salário mínimo, enquanto o teto é de R$ 8.157,41. Para ter direito ao benefício, o trabalhador deve comprovar a incapacidade por meio de perícia médica, estar filiado ao INSS e, geralmente, ter contribuído por pelo menos 12 meses, exceto em casos de acidentes ou doenças graves.
A solicitação é feita digitalmente através do site ou aplicativo Meu INSS. O segurado deve anexar laudos médicos, exames e atestados que comprovem a condição de saúde e o impacto no trabalho, agendando a perícia em seguida. Para empregados, os primeiros 15 dias de afastamento são pagos pelo empregador, com o INSS assumindo a partir do 16º dia. Contribuintes individuais e facultativos recebem desde o primeiro dia. Em 2025, o INSS ampliou a capacidade de perícias remotas, reduzindo o tempo de espera em algumas regiões.
O que mudou no auxílio-acidente em 2025?
O auxílio-acidente é um benefício indenizatório para segurados que sofreram acidentes e ficaram com sequelas permanentes que reduzem sua capacidade de trabalho. Em 2025, o valor do benefício é calculado como 50% da média dos salários de contribuição desde 1994, podendo ser inferior ao salário mínimo, com o teto em R$ 8.157,41. Diferente do auxílio-doença, ele não exige afastamento do trabalho e é exclusivo para empregados, trabalhadores avulsos e segurados especiais.
Para obter o auxílio-acidente, o segurado deve comprovar o nexo causal entre o acidente e a sequela por meio de documentos médicos e perícia do INSS. Não há carência mínima: basta estar filiado ao INSS na data do acidente. Em 2025, o INSS revisou auxílios-acidente pagos desde 2020, ajustando valores com base no INPC, com depósitos previstos a partir de abril.
Quais as diferenças entre auxílio-doença e auxílio-acidente?
Os benefícios de auxílio-doença e auxílio-acidente têm propósitos distintos. O auxílio-doença substitui a renda durante um afastamento temporário, exigindo incapacidade total e, geralmente, 12 meses de carência. Já o auxílio-acidente compensa sequelas permanentes sem necessidade de pausa no trabalho ou carência. O auxílio-doença abrange todos os segurados do INSS, enquanto o auxílio-acidente é a categorias específicas.
Os valores e a duração dos benefícios também diferem. O auxílio-doença paga 91% do salário de benefício, com um piso de R$ 1.518, e termina com a recuperação ou conversão em outro benefício. O auxílio-acidente oferece 50% da média salarial, sem piso mínimo, e é pago até a aposentadoria. Em 2025, o INSS ou a permitir revisões retroativas de ambos os benefícios, beneficiando segurados com pagamentos atrasados.
Impactos sociais das atualizações dos benefícios
Os benefícios por incapacidade continuam sendo pilares da proteção social no Brasil. O auxílio-doença amparou mais de 850 mil pessoas em 2024, com uma projeção de 900 mil em 2025, refletindo o aumento de transtornos mentais e doenças crônicas. O auxílio-acidente, com 160 mil concessões previstas para este ano, é vital para trabalhadores em setores perigosos, como a construção civil.
Esses recursos são essenciais para evitar a queda na pobreza de muitos brasileiros, especialmente em regiões com alta informalidade. Em 2025, o INSS lançou um programa piloto de reabilitação profissional, visando reintegrar beneficiários do auxílio-doença ao mercado de trabalho, com resultados esperados para 2026.
