O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 revelou dados alarmantes sobre a violência urbana no Brasil. Entre os dez municípios mais violentos do país, sete estão localizados na região Nordeste. No entanto, o município que lidera o ranking é Santana, no estado do Amapá, situado na região Norte. Este município apresentou uma taxa de mortes violentas intencionais (MVI) de 92,9 em 2023, um aumento significativo em relação ao ano anterior.
O estado do Amapá aparece novamente na lista com sua capital, Macapá, que registrou uma taxa de MVI de 71,3. Este dado coloca Macapá como a única capital brasileira presente entre os dez municípios mais violentos do país. A lista completa das cidades mais violentas inclui cidades da Bahia, Ceará e Mato Grosso, destacando a complexidade do problema da violência no Brasil.
Quais foram as cidades mais violentas do Brasil em 2023?
O ranking dos municípios mais violentos do Brasil em 2023 é liderado por Santana (AP), seguido por Camaçari (BA) e Jequié (BA). Outros municípios da Bahia que aparecem na lista são Simões Filho, Feira de Santana, Juazeiro e Eunápolis. Maranguape, no Ceará, e Sorriso, no Mato Grosso, também estão entre os dez mais violentos. A presença predominante de cidades nordestinas, especialmente da Bahia, ressalta a necessidade de políticas públicas eficazes para combater a violência na região.

Veja a lista:
- Santana (AP): 92,9 MVI por 100 mil habitantes
- Camaçari (BA): 90,6 MVI por 100 mil habitantes
- Jequié (BA): 84,4 MVI por 100 mil habitantes
- Sorriso (MT): 77,7 MVI por 100 mil habitantes
- Simões Filho (BA): 75,9 MVI por 100 mil habitantes
- Feira de Santana (BA): 74,5 MVI por 100 mil habitantes
- Juazeiro (BA): 74,4 MVI por 100 mil habitantes
- Maranguape (CE): 74,2 MVI por 100 mil habitantes
- Macapá (AP): 71,3 MVI por 100 mil habitantes
- Eunápolis (BA): 70,4 MVI por 100 mil habitantes
É importante notar que a Bahia se destaca com seis municípios entre os dez mais violentos.
O que está sendo feito para combater a violência nesses municípios?
Os governos estaduais têm adotado diversas estratégias para enfrentar a violência. Na Bahia, a Secretaria da Segurança Pública destacou investimentos em tecnologia, inteligência e capacitação, além do reforço dos efetivos policiais. A pasta informou que houve uma redução de 13% nas mortes violentas no estado no primeiro semestre de 2024, atribuindo esse resultado às ações de inteligência e repressão qualificada.
No Ceará, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social relatou uma redução significativa nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em Maranguape, resultado de ações integradas de segurança. O desmantelamento de grupos criminosos e a apreensão de armas de fogo foram algumas das medidas adotadas para reduzir a criminalidade na região.
Como a violência afeta a sociedade e a economia local?
A violência urbana tem impactos profundos na sociedade e na economia dos municípios afetados. O aumento das taxas de criminalidade pode levar à diminuição do investimento econômico, afetando o desenvolvimento local. Além disso, a insegurança pode prejudicar a qualidade de vida dos moradores, aumentando o medo e a desconfiança na comunidade.
As consequências sociais incluem a interrupção da educação, com escolas fechando devido à violência, e o aumento da pressão sobre os serviços de saúde devido ao número crescente de vítimas de crimes violentos. A violência também pode desestabilizar famílias e comunidades, criando um ciclo de pobreza e criminalidade que é difícil de quebrar.
Quais os próximos os para a segurança pública no Brasil?
As perspectivas para a segurança pública no Brasil dependem de uma abordagem multifacetada que inclua políticas de prevenção, repressão e reintegração social. Investimentos em educação, saúde e infraestrutura são essenciais para criar oportunidades econômicas e sociais que possam reduzir a criminalidade a longo prazo. Além disso, a cooperação entre diferentes níveis de governo e a sociedade civil é crucial para implementar estratégias eficazes de segurança pública.
O desafio é grande, mas com políticas bem planejadas e executadas, é possível reduzir a violência e melhorar a qualidade de vida nas comunidades mais afetadas. A continuidade dos esforços de segurança pública e a avaliação constante das estratégias adotadas serão fundamentais para alcançar resultados positivos no combate à violência urbana no Brasil.