A atriz Larissa Manoela, de 24 anos, que retorna à televisão no fim de junho com a novela Êta Mundo Melhor!, sequência de Êta Mundo Bom! (2016), falou publicamente sobre a endometriose em setembro de 2022. Na ocasião, ela utilizou sua visibilidade para abordar a doença, que afeta mulheres e causa inflamações e dores na região uterina, além de poder comprometer a fertilidade.
Embora a endometriose seja uma condição comum, muitas mulheres podem não estar cientes de que a possuem, já que os sintomas podem variar amplamente. Algumas mulheres experimentam dor intensa, enquanto outras podem não apresentar sintomas óbvios, tornando o diagnóstico um desafio.
Como Larissa Manoela lida com o diagnóstico?

Larissa Manoela lida com o diagnóstico de endometriose de forma aberta e proativa, buscando o melhor tratamento e utilizando sua plataforma para conscientizar outras mulheres sobre a doença.
Ela foi diagnosticada em 2020 e, em 2022, descobriu também ter ovário policístico. Larissa já expressou publicamente que o diagnóstico a assustou e desestabilizou, mas que está determinada a encontrar o melhor tratamento para ambas as condições.
Larissa Manoela tem falado abertamente sobre sua experiência nas redes sociais e em eventos, enfatizando a importância do diagnóstico precoce. Ela relatou que, antes do tratamento, sentia cólicas “absurdas” que a prejudicavam no trabalho, tirando sua qualidade de vida.
“Através de um ultrassom detalhado, eu descobri que, além de endometriose, tenho também ovário policístico. Não é fácil ser mulher. O diagnóstico positivo assusta e, confesso, dá uma desestabilizada. Mas estou certa de que vou encontrar o melhor tratamento para ambas as doenças!”, revelou.
Para lidar com a doença, ela busca um tratamento que inclui:
- Mudança no estilo de vida: com alimentação adequada, prática de exercícios físicos (como corrida) e fisioterapia pélvica. Ela relata que a prática de exercícios a ajudou a não sentir mais as cólicas intensas de antes.
- Acompanhamento médico: buscando o melhor tratamento para seu caso específico, que pode incluir uso de contraceptivos orais, metformina, e em alguns casos, cirurgia (embora não haja informações específicas sobre Larissa ter ado por cirurgia para endometriose).
- Apoio psicológico: essencial para lidar com uma condição crônica como a endometriose.
- Conscientização: Larissa participa de documentários (como “Endometriose: Minha Dor Não É Normal” da TV Senado) e utiliza suas redes sociais para alertar sobre a doença e a importância de se informar. Ela se tornou uma voz na luta contra a endometriose, inspirando outras mulheres a buscarem ajuda e a não normalizarem as cólicas intensas.
Quais são os sintomas da endometriose?
Os sintomas da endometriose podem variar de leves a severos e incluem dor pélvica crônica, cólicas menstruais intensas e dor durante as relações sexuais. Além disso, algumas mulheres podem enfrentar dificuldades para engravidar, o que pode ser um dos primeiros sinais de alerta para a condição.
Outros sintomas incluem alterações intestinais e urinárias durante a menstruação, fadiga, náuseas e distensão abdominal. A variedade e a intensidade dos sintomas podem dificultar o diagnóstico precoce, mas o acompanhamento médico regular pode ajudar a identificar a condição.
Diagnóstico
O diagnóstico da endometriose geralmente começa com uma avaliação dos sintomas relatados pela paciente. Exames de imagem, como ultrassonografias, podem ser utilizados para identificar a presença de tecido endometrial fora do útero. Em alguns casos, uma laparoscopia pode ser necessária para confirmar o diagnóstico.
É crucial que as mulheres que experimentam sintomas persistentes ou intensos procurem orientação médica. O diagnóstico precoce pode ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Quais os tratamentos?
Embora não haja cura definitiva para a endometriose, existem várias opções de tratamento disponíveis para ajudar a controlar os sintomas. O tratamento pode incluir medicamentos para aliviar a dor e reduzir a inflamação, como analgésicos e anti-inflamatórios.
Em casos mais graves, a cirurgia pode ser considerada para remover o tecido endometrial. Além disso, mudanças no estilo de vida, como uma dieta equilibrada e exercícios regulares, podem ser benéficas. O apoio psicológico também pode ser uma parte importante do tratamento, ajudando as pacientes a lidar com o impacto emocional da condição.
- Tratamento Clínico (Medicamentoso):
- Analgésicos e anti-inflamatórios: Para alívio da dor.
- Hormonais: São a base do tratamento medicamentoso. O objetivo é suprimir a atividade dos ovários e interromper a menstruação, o que impede o crescimento do tecido endometrial. Incluem:
- Contraceptivos orais combinados (estrogênio e progesterona): Usados de forma contínua.
- Progestinas: Podem ser istradas via oral, injetável ou por DIU hormonal (com levonorgestrel).
- Análogos e antagonistas do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas): Induzem uma “menopausa temporária” ao bloquear a produção de estrogênio pelos ovários. São usados por períodos limitados devido aos efeitos colaterais.
- Inibidores da aromatase: Bloqueiam a produção de estrogênio.
- Tratamento Cirúrgico:
- Laparoscopia: É a técnica mais comum e minimamente invasiva. Permite a visualização e a remoção dos focos de endometriose e das aderências. É indicada para casos moderados a graves, quando há dor persistente ou comprometimento de órgãos, e também para melhorar as chances de gravidez.
- Histerectomia com salpingo-ooforectomia bilateral: Em casos extremos e quando a paciente não deseja mais engravidar, a remoção do útero e dos ovários pode ser considerada.
- Tratamentos Complementares e Mudanças no Estilo de Vida:
- Alimentação anti-inflamatória: Evitar alimentos processados, açúcar, glúten (para algumas pessoas) e carne vermelha em excesso. Priorizar frutas, vegetais, grãos integrais, ômega-3.
- Atividade física: Ajuda a reduzir a dor, o estresse e a melhorar o bem-estar geral.
- Fisioterapia pélvica: Pode auxiliar no alívio da dor e na reeducação da musculatura do assoalho pélvico.
- Terapias mente-corpo: Como acupuntura, meditação e técnicas de relaxamento, podem complementar o tratamento principal, ajudando no controle da dor e do estresse.
Como a endometriose afeta a vida das mulheres?
A endometriose pode ter um impacto significativo na vida das mulheres, afetando tanto a saúde física quanto emocional. A dor crônica e outros sintomas podem interferir nas atividades diárias e na vida profissional, além de afetar a saúde mental.
É importante que as mulheres com endometriose recebam apoio adequado e tenham o a informações e tratamentos eficazes. A conscientização sobre a condição pode ajudar a reduzir o estigma e promover um melhor entendimento da doença.