O cenário automotivo no Brasil tem ado por mudanças expressivas, principalmente com o avanço dos veículos elétricos. Entre 2024 e 2025, a desvalorização de alguns modelos chamou a atenção de consumidores e especialistas, impactando diretamente quem busca vender ou trocar de carro nesse período. A queda no valor de mercado desses automóveis evidencia a influência da tecnologia e da concorrência no setor.
O Renault Kwid E-Tech, versão elétrica do compacto, tornou-se símbolo dessa tendência ao apresentar a maior desvalorização entre os veículos analisados. A diferença de preço entre março de 2024 e março de 2025 chegou a 38%, refletindo o efeito da chegada de novos concorrentes e da rápida evolução tecnológica no segmento de elétricos. Esse fenômeno não se limita a um único modelo, atingindo diferentes categorias e faixas de preço.
Por que alguns carros desvalorizam mais rapidamente?
A desvalorização de veículos é um processo influenciado por diversos fatores, como o lançamento de modelos mais modernos, mudanças no perfil do consumidor e oscilações econômicas. No caso dos elétricos, a chegada de marcas como BYD e GWM ao mercado brasileiro intensificou a competição, oferecendo opções com mais recursos e preços competitivos. Isso fez com que modelos lançados anteriormente, como o Kwid E-Tech, perdessem parte de seu valor de revenda.
Além da concorrência, o ritmo acelerado das inovações tecnológicas também pesa. Carros que não acompanham as novidades em segurança, conectividade e autonomia tendem a ser menos procurados, o que contribui para a queda em seus preços. O consumidor atual busca veículos que ofereçam bom custo-benefício, tecnologia embarcada e baixo custo de manutenção, tornando o mercado ainda mais dinâmico.

Quais foram os carros mais desvalorizados entre 2024 e 2025?
Durante o período analisado, alguns modelos se destacaram pela acentuada perda de valor. O Renault Kwid E-Tech liderou o ranking, seguido por SUVs e sedãs de diferentes marcas. Abaixo, uma lista dos veículos que mais perderam valor nesse intervalo:
- Renault Kwid E-Tech: 38% de desvalorização
- BMW iX1: 14,72% de queda
- Honda ZR-V: 14,69% de redução
- Nissan Sentra: 14,10% de desvalorização
- BMW X4: 12,48% de queda
- Honda Accord: 11,94% de redução
- Chevrolet S10 Cabine Simples: 9,39% de desvalorização
- BYD Seal: 9,37% de queda
- Hyundai HB20S: 8,43% de redução
Esses números ilustram como a valorização de um veículo pode variar de acordo com fatores externos, como lançamentos de novos modelos e mudanças no comportamento do consumidor.
Como evitar prejuízos com a desvalorização de veículos?
Para quem deseja minimizar os impactos da desvalorização, algumas estratégias podem ser adotadas no momento da compra. Pesquisar sobre o histórico de valorização dos modelos, optar por marcas reconhecidas pela durabilidade e acompanhar as tendências do mercado são atitudes recomendadas. Além disso, a manutenção regular e o cuidado com a conservação do automóvel contribuem para preservar seu valor ao longo do tempo.
- Escolher modelos com boa reputação de revenda
- Manter revisões em dia e histórico de manutenção atualizado
- Ficar atento às inovações tecnológicas do setor
- Evitar modificações que possam desvalorizar o veículo
Essas práticas podem ajudar o proprietário a obter melhores condições em uma futura negociação, seja para venda ou troca.
O que esperar do mercado automotivo nos próximos anos?
Com a rápida evolução dos veículos elétricos e a chegada de novas marcas ao Brasil, a tendência é que o mercado continue se transformando. A valorização de modelos estará cada vez mais ligada à capacidade de inovação, à oferta de tecnologia e ao atendimento das expectativas dos consumidores. Acompanhar essas mudanças pode ser fundamental para quem deseja investir em um automóvel e preservar seu patrimônio.