Em 2025, o cenário político brasileiro continua a ser marcado por eventos significativos que moldaram a trajetória recente do país. Um dos temas centrais que ainda reverbera é a tentativa de golpe de Estado associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Este evento tem sido objeto de investigações e depoimentos de figuras políticas de destaque, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o senador Ciro Nogueira.
Tarcísio de Freitas, que atuou como ministro da Infraestrutura durante o governo Bolsonaro, recentemente prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que, durante seu tempo no ministério, não houve menção a qualquer plano golpista por parte do ex-presidente. Esta declaração foi feita no contexto de uma ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado.
O que Tarcísio de Freitas fez durante o governo Bolsonaro?
Tarcísio de Freitas desempenhou um papel crucial como ministro da Infraestrutura no governo de Jair Bolsonaro, de janeiro de 2019 a março de 2022. Durante seu depoimento ao STF, ele destacou que nunca presenciou discussões sobre uma ruptura institucional. Após o segundo turno das eleições, Tarcísio descreveu Bolsonaro como triste e resignado, sem qualquer intenção de resistir à transição de governo.
O depoimento de Tarcísio é significativo, pois ele era uma figura de confiança dentro do governo Bolsonaro. Sua afirmação de que o ex-presidente estava preocupado com o futuro do país e com a continuidade das reformas econômicas, mas não com um golpe, é um ponto central em sua defesa.

Qual foi o papel de Ciro Nogueira na transição entre governos?
O senador Ciro Nogueira, que foi ministro-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro, também prestou depoimento como testemunha de defesa. Ele reforçou que não houve resistência à transição de governo. Nogueira destacou um episódio durante a greve dos caminhoneiros, onde solicitou ao presidente uma declaração conjunta para facilitar a transição e desobstruir as rodovias. Segundo ele, Bolsonaro prontamente atendeu ao pedido, demonstrando disposição para uma transição pacífica.
O que resultou das reuniões antes dos ataques de 8 de janeiro?
Outro ponto de interesse é a reunião ocorrida em 6 de janeiro, antes dos atos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram em vandalismo nos prédios dos Três Poderes. O general Gustavo Henrique Dutra, que participou da reunião, minimizou sua importância, descrevendo-a como um “cafezinho de cortesia” com Anderson Torres, então secretário de Segurança do Distrito Federal. A reunião não resultou em ações concretas para desmobilizar manifestantes que se dirigiam a Brasília.
Após os eventos de 8 de janeiro, Dutra foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que gerou questionamentos sobre a eficácia das medidas de segurança adotadas na época.
O que vem a seguir nas investigações?
As investigações sobre a tentativa de golpe de Estado continuam, com depoimentos de várias figuras políticas. As defesas de Anderson Torres e Jair Bolsonaro optaram por dispensar algumas testemunhas, concentrando-se em depoimentos estratégicos. O senador Rogério Marinho é um dos próximos a ser ouvido, contribuindo para o esclarecimento dos eventos que marcaram o período de transição de governo.
Esses depoimentos e investigações são fundamentais para entender o contexto político atual do Brasil e garantir que a democracia seja preservada. O desenrolar desses eventos continuará a ser acompanhado de perto, tanto nacional quanto internacionalmente.